Mentiras que contam sobre a UFSC

20/08/2021 13:45

Mentiras, mitos, desinformação, fake news. São muitos os termos usados para qualificar informações que, na verdade, não informam. Muitas mentiras como essas se disseminam nas redes sociais e até nos veículos de comunicação.

O Confere UFSC, projeto da Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina, analisou conteúdos carregados de informações falsas e tendenciosas sobre a instituição que são disseminadas livremente e carecem de fatos.

Confira, abaixo, algumas afirmações recentes, e o contraponto da Universidade.

Reprodução do Jornal Notícias do Dia (19/08/2021)

“São quase dois anos de inércia e de graves prejuízos para os universitários, com atraso de formaturas e deficiência na grade curricular.”
Coluna Moacir Pereira – Altair Magagnin (interino), Jornal Notícias do Dia, 19 de agosto de 2021
NÃO CONFERE

O calendário acadêmico da UFSC foi adaptado há mais de um ano, em agosto de 2020, com aulas em formato não presencial, após um criterioso debate e avaliação pelo Conselho Universitário, com a preocupação de que nenhum aluno fosse excluído das atividades, seja por falta de equipamentos ou de acesso à Internet. 

As formaturas seguiram sendo realizadas, geralmente com grupos menores e em solenidades transmitidas pela Internet.

Quanto à evolução curricular, a UFSC, em maio deste ano, aprovou a realização de aulas práticas e teórico-práticas, além de estágios, para possibilitar o avanço das turmas. Estágios na área de saúde e atendimentos ao público em clínicas-escola já acontecem presencialmente.

Neste semestre, a UFSC está oferecendo cerca de 2800 disciplinas em formato on-line, só na Graduação.

Fontes:
Clínica de Fonoaudiologia da UFSC realiza exames e atendimentos presenciais com atenção à biossegurança
UFSC prepara retorno de práticas de ensino e estágios presenciais na Saúde
Câmara de Graduação regulamenta oferta de disciplinas presenciais para os semestres em calendário excepcional
Colações de grau on-line são alternativa às formaturas presenciais durante a pandemia
Formatura on-line de novos médicos é solenidade inédita na UFSC

 

“Professores continuam recebendo regularmente seus salários, muitos deles bastante altos em relação ao mercado, sem precisar trabalhar.”
Coluna Moacir Pereira – Altair Magagnin (interino), Jornal Notícias do Dia, 19 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

As servidoras e servidores técnicos e docentes da UFSC, em nenhum momento, deixaram de trabalhar. Desde março de 2020, portarias da Reitoria estabeleceram a modalidade remota de trabalho dos setores administrativos e acadêmicos. Muitas atividades foram liberadas para continuar a ocorrer presencialmente, como os serviços de segurança e vigilância, manutenção de biotérios, criação de animais e atividades de laboratórios. 

Antes do reinício das aulas em formato on-line, professores buscaram capacitação para utilização dos recursos virtuais de aprendizagem, de modo a viabilizar o ensino remoto. Em muitos casos, professores e técnicos apontaram que estavam dedicando mais horas ao trabalho no ambiente remoto em relação ao presencial. 

Há que se considerar também as inúmeras pesquisas, iniciativas e projetos de extensão em benefício da comunidade desenvolvidos neste período, sem interrupção.

Fontes:
Ações da UFSC contra o Coronavírus
Coordenadores de cursos fazem avaliação positiva do ensino não presencial na UFSC
Presencialmente ou a distância: trabalhadores da UFSC seguem firmes a serviço da educação

 

A UFSC sai da inércia e deve retomar as atividades presenciais no mês de setembro. Um ano e meio de dinheiro público jogado fora.
Deputado Jessé Lopes, Twitter, 17 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

O investimento público nas universidades federais também costuma ser questionado quando se fala das aulas remotas durante a pandemia. A Universidade não esteve na inércia e o investimento público na Universidade é retornado à sociedade em inúmeros projetos de pesquisa e extensão, e na formação de mais de 40 mil estudantes.

O orçamento da UFSC, frequentemente citado em publicações tendenciosas, é destinado principalmente ao pagamento de salários, aposentadorias, e encargos sociais. Os recursos que a Universidade pode efetivamente gerenciar são as chamadas verbas de custeio, usadas para pagar despesas correntes e os recursos para investimentos que, somados, correspondem a cerca de 10% do orçamento total. 

Esses recursos orçamentários têm sofrido reduções nos últimos anos ou aumentado em percentual insuficiente para fazer frente à inflação. O orçamento de Capital (destinado a investimentos), por exemplo, que já foi de R$ 56 milhões em 2015, é de pouco mais de R$ 6 milhões este ano.

Com esse investimento, mesmo com suas constantes reduções, a UFSC garante educação pública de qualidade para cerca de 30 mil alunos de Graduação e quase 9 mil alunos da Pós-Graduação, com programas de assistência estudantil de grande alcance. Mantém em funcionamento diversos programas e projetos de extensão, em todas as áreas do conhecimento. E realiza pesquisas que trazem benefícios imensuráveis financeiramente a toda sociedade catarinense e brasileira.

Durante a pandemia, o investimento público na UFSC retornou à sociedade no atendimento à população em projetos de extensão que continuaram no formato on-line. Alguns que inclusive tiveram recorde de inscrições, como os cursos de extensão do programa Floripa Mais Empregos, em parceria com a Prefeitura Municipal. A UFSC cedeu equipamentos como os ultrafreezers, espaço físico e pessoas para o esforço de vacinação, desenvolveu pesquisas e atendimentos aos pacientes pós-covid, ofereceu programação cultural gratuita via Internet, e muito mais. 

E o Hospital Universitário, também financiado com verba pública da Educação, além de atender pacientes com Covid-19 24h por dia, avançou na pesquisa da prevenção, recuperação e reabilitação dos pacientes com a doença.

Fonte:
HU/UFSC concentra maior volume de pesquisas sobre Covid-19 nos hospitais da rede Ebserh
Prestação de Contas e Transparência UFSC

 

Reprodução do YouTube (19/08/2021)

A Frente Parlamentar Mista pela Valorização das Universidades Federais foi dirigida por um colegiado de esquerda, para disseminar sua pauta ideológica
Paulo Alceu, NDTV, em 18 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

A Frente Parlamentar, criada em 2019, tem como signatários deputados de 24 partidos, representantes de todo espectro político brasileiro. Além de partidos de esquerda, é composta por deputados do PSD, PSL, PP, DEM, Pode, Pros, Republicanos, PSDB, MDB, Novo, PSC, PL, Avante e PTB, que não se identificam como partidos de esquerda. 

De Santa Catarina, são signatários da Frente os deputados Angela Amin (PP), Helio Costa (Republicanos), Pedro Uczai (PT) e Rodrigo Coelho (PSB), além dos senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello.

Fonte:
Frentes Parlamentares (Câmara dos Deputados)

 

Reprodução do Jornal Notícias do Dia (20/08/2021)

“A postura irresponsável da UFSC, que manteve seu quadro de professores e servidores em casa, ganhando sem trabalhar por tanto tempo, custará muito caro aos catarinenses”
Editorial do Jornal Notícias do Dia, 20 de agosto de 2021

NÃO CONFERE

As servidoras e os servidores da UFSC, sejam docentes ou técnico-administrativos em Educação, trabalharam durante toda a pandemia, sem interrupção. Seja em seus setores, em seus projetos de pesquisa e de extensão, na preparação para as aulas remotas, na comunicação, na manutenção, na segurança e na saúde. 

Afirmações como estas, além de espalhar desinformação, ofendem mais de 5,8 mil pessoas que não ficaram sem trabalhar em nenhum momento durante todo o período da pandemia de Covid-19. Assim que foram suspensas as atividades presenciais, servidores e professores passaram a trabalhar a partir de suas casas, usando muitas vezes os próprios equipamentos e assumindo gastos com energia elétrica e telecomunicações, por exemplo. Alguns setores mantiveram trabalho presencial, como os serviços de segurança e vigilância, biotérios e criação de animais.

Esse trabalho remoto, em muitos casos, exigiu a adaptação ao novo formato, com aprendizado de tecnologias de informação e comunicação por parte dos servidores administrativos e de recursos tecnológicos de aprendizagem por parte dos docentes. Não raro, servidores passaram a dedicar mais horas do seu dia para dar conta das atividades. 

Em relação aos docentes, o trabalho começou muito antes do início das aulas remotas. A cada semestre, os professores trabalharam para adaptação de mais de três mil programas de disciplinas e planos de aula. A nova forma de dar aulas também trouxe desafios, como horas dedicadas à preparação de vídeos. Na primeira avaliação do ensino remoto, realizada em novembro de 2020 pela Pró-Reitoria de Graduação, alguns professores relataram sobrecarga de trabalho.

Fontes:
Administração Central da UFSC reflete sobre ano letivo de 2020 e prepara novas medidas para primeiro semestre letivo de 2021
Covid-19: um ano de pandemia na UFSC
Presencialmente ou a distância: trabalhadores da UFSC seguem firmes a serviço da educação

 

Metodologia

O Confere UFSC é uma iniciativa da Agência de Comunicação (AGECOM) da UFSC. A metodologia do Confere UFSC começa com a observação diária do que é dito acerca da UFSC em jornais, revistas, rádios, programas de TV e na internet. Essas afirmações são a matéria-prima das checagens produzidas pela agência. Saiba mais.